domingo, 1 de fevereiro de 2015

Mais bem ou melhor?

Você responderá imediatamente: Melhor, claro! 

Pois bem: depende! A maioria de nós aprendemos (ou aprendeu), quando crianças, que "mais bem" não existe. Do mesmo modo, não existem: "mais mal", "mais bom", "mais mau", "mais pequeno", "mais grande". Não é verdade?

Existem, sim. Então, ensinaram-nos errado? Não necessariamente. Essa é uma das meias-verdades que nos ensinam. Tudo depende da construção.

Usaremos maior, menor, melhor, pior, como resultados de comparações: 
                           Paulo é nosso filho maior e Pedro, o menor.
                           Este é o melhor caminho a seguir.
                           Foi a pior coisa que ele poderia ter dito na reunião. 

Nesses casos, não cabem mais bem, mais mal, mais bom, mais ruim, mais pequeno, mais grande.  Esses serão corretamente empregados em duas situações:

  • quando aparecerem as oposições. Exs.: Júlio é mais pequeno que* grande para sua idade. Este caminho é menos bom do que* ruim. 

         Nota-se, nesse caso, que estamos considerando mais X que Y. Como ocorre em                  frases como: Ele é mais simpático que bonito. É menos rico do que pobre.

  • quando houver um particípio (resultado de ação, usado como verbo ou adjetivo). Isso ocorre porque pressupomos uma gradação:  Cristiane é educada; Marília é bem educada e Pâmela, a mais bem educada das três.  Uma vez supressa a cadeia da gradação, teremos:  Pâmela é a jovem mais bem educada que conheço.  Observe que nunca usaremos: (...) é a jovem melhor educada...
         Do mesmo modo empregaremos corretamente: Essa é a situação mais bem                        analisada até agora. O projeto para a economia de água foi o mais bem  
         apresentado na reunião.  Nunca se viu uma pessoa mais mal vestida numa  
         cerimônia desse nível. Pode-se dizer que a proposta dele foi a mais mal 
         estruturada.


Estranho?  Pode parecer no começo, pelo desconhecimento do correto e pelos correntes enganos em seu emprego.  Acostume-se a essas construções. Treine e ouse corretamente empregá-las. Lembre-se de que você pode fazer a diferença (para o bem) em  e para seu grupo. Muitos podem aprender com você. 

Faça a diferença e colabore para que outros possam usufruir do seu saber.  E conte comigo, quando precisar de explicações dessa natureza. 

Até a próxima!






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*  Nas comparações, você pode usar: que ou do que.

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