Em nosso dia a a dia, lemos artigos, avisos, placas, sinalizadores, bâneres (sim, como
açúcares), fôlderes (idem), volantes e similares - quando não, são falas de pessoas
públicas - com erros das mais variadas ordens que, devido à sua repetição, acabam
causando-nos dúvida, ou induzindo-nos a erros. Hoje veremos apenas dois deles:
É proibido? É permitida?
As expressões "é permitido", é proibido", "é necessário", "é bom" e similares não variam,
quando o substantivo a que se referem vier indeterminado, isto é, sem artigo ou pronome
que o defina. Exs.:
É proibido entrada de menores. É proibida a entrada de menores.
Coragem é necessário para isso. Muita coragem é necessária para isso.
Ø Sem o artigo que o preceda, o substantivo ganha status de verbo, por isso
empregamos o masculino:
Não é permitido entrar neste local.
É necessário ser corajoso para isso.
Ortografia
Como dissemos em páginas anteriores, o emprego do hífen é caso de muitas orações...
Consulte sempre o Vocabulário Ortográfico (VOLP) da Academia Brasileira de Letras.
Recebemos visitantes em nossa empresa e surge a necessidade de registrarmos a intenção de que eles estejam bem conosco. Desejamos-lhes, então:
Bem-vindo! Boas-vindas!
Outro engano tem ocorrido com o "a" ou "à". Veja este erro: "Para ser atendido, aguarde á chamada."
O "a" pode ser artigo (A candidata chegou.), pronome pessoal (Eu a vi na recepção.), pronome demonstrativo (Ela é a que está em pé, perto da entrada.) ou preposição (Ela está apenas a um passo de ser contratada.). O "à" é uma crase entre uma preposição ("a") e um artigo ("a"): num processo de fusão dos dois, escrevo apenas um e marco-a com o acento grave (`). Assim, Vamos à entrevista.
Diante disso, cabe dizer que não existe "á" na Língua Portuguesa. E "ás" é uma pessoa muito boa em sua especialidade: Senna foi um ás ao volante.
O cartaz na chamada aos candidatos, corretamente grafado, é:
Para ser atendido, aguarde a chamada.
A crase veremos numa próxima edição.
Boa semana!