domingo, 22 de fevereiro de 2015

Há dois meses, faz dois meses...

que nosso blog nasceu. 


É, sim, seu 2.º 'mensiversário'!  Você perguntará: existe?  Os dois meses, sim, existem. O nome? Acabo de criá-lo.  Com todo o direito de quem conhece radicais, prefixos, sufixos. Ora, se aniversário  "diz-se de ou dia em que se completa um ou mais anos em que se deu determinado acontecimento ‹dia a. da Independência do Brasil› ‹a. de casamento›1] , quando  tratarmos de mês, por que não poderia ser mensiversário?

Como é bom criar palavras!  Nunca são suficientes para dizer tudo o que sentimos e desejamos...

Criada a palavrinha, lá se vão dois meses do começo desta aventura e, por isso,  o blog completa dois meses;  faz dois meses que o blog foi lançado;  há dois meses é alimentado com assuntos que fazem parte das dúvidas de nosso dia a dia. 

E, por não haver quem faça os meses (eles estão aí; cabe a nós apenas a tarefa de contá-los), o verbo fica no singular: faz dois meses; em março fará três. Ocorre o mesmo princípio com o verbo "haver".  dois meses o blog está no ar. Em março, diremos: havia dois meses que o blog começara,  quando a Íris criou o vocábulo 'mensiversário' [2].

Essa comemoração serve de pretexto para o emprego correto dos verbos fazer haver, de tão maltratada concordância nos textos que ouvimos e lemos. Resumindo: os verbos haver e fazer, com  sentido de tempo decorrido, não flexionam para plural, pois não existe sujeito para eles.

Quanto à palavrinha criada, a receita foi esta: 
          mens, mensis (latim) = mês 
          versum, supino do verbo  verto,is,ti,versum,vertĕre[3] = voltar, virar; suceder-se (no                tempo) 
          
logo:   Mensiversário é 'virado o mês' > passado o mês, decorrido o mês. Em nosso caso, 
          é o segundo mensiversário. 

Não é bom inventar palavras?  Por que não criá-las? 

Você pode brincar também. Pode seguir a receita; recriá-la.  Criar palavras belas e perfeitas, com boas raízes. Para isso procure sempre nos  grandes dicionários a origem, a fonte das palavras (do latim, grego, árabe, francês, inglês, ...)  e confira no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa se existiam e você nem sabia. Mas crie palavras bem formadas, com radicais legítimos, prefixos e sufixos adequados ao que deseja exprimir. Você ficará surpreso com essa brincadeira: ela vai trazer-lhe um treinamento e tanto na arte de recuperar e melhorar seu vocabulário. Bom divertimento!  

Se precisar de ajuda nessa empreitada, conte comigo.  Amo palavras!

E, por ser o 'mensiversário' do blog, vou ficando por aqui. Agradeço aos padrinhos: meus alunos da FIA Jr.,  que  - em quase véspera de Natal - estiveram ao meu lado, ensinando-me pacientemente os primeiros passos deste blog e, desde então, nunca me negaram o suporte necessário.  Agradeço aos meus leitores que, dia após dia, abrem esta página e mostram-me que devo continuar. Agradeço aos comentaristas e àqueles que me mandam e-mails com sugestões.  

Obrigada, pessoal!  

            



[1]  Veja em http://houaiss.uol.com.br/busca?palavra=anivers%25C3%25A1rio e em                 http://www.aulete.com.br/aniversário. Pode procurar mais a respeito,  em CUNHA, Antônio Geraldo da.       Dicionário Etimológico da Língua portuguesa. 4.ed. rev. e atual.,Rio de Janeiro: Lexicon, 2010. (Este dicionário é fundamental para alunos de Letras, Direito, Filosofia, Teologia)
[2]  Será que criei?  Procurei em vários dicionários, inclusive nos de Latim que tenho à minha disposição, mas não a encontrei.  Se alguém souber da preexistência dela, avise-me, por favor. Deem-me a fonte com a abonação e data, por gentileza.  Enquanto isso, é criação minha  
[3]  Mais adiante, em alguma (ou algumas) das páginas,   voltaremos a falar do Supino (verbal), como importante fonte de derivação de vocábulos.    



domingo, 15 de fevereiro de 2015

Você sabe onde está ou aonde está o relatório?

Pronomes relativos locativos

O subtítulo parece cruel,  quase uma "frasona"*!

Vamos decodificar: 
a. pronomes são palavras que substituem nomes. Exs.: eles, V.S.ª, meus, outro,             
    ninguém,cada, todas, qualquer, ...;
b. relativos  são pronomes que, na oração em que estiverem, substituem um termo da  
    oração anterior, para evitar a repetição. Ex.: Pedro Henrique, que substituiu                         Júlio, acabou de entregar o relatório.  (que= Pedro Henrique, na segunda oração.)
   Geralmente aprendemos que podemos substituir esses pronomes, regidos ou não de             preposição, por: o qual, a qual, os quais, as quais, ...;
c. locativos são pronomes que substituem lugares. Onde deixei os óculos?  (em que lugar        deixei os óculos?)

Por serem palavras substitutivas de nomes e funções que indicam lugares**, existem três possibilidades para o emprego desses pronomes: 
1.  o lugar onde ou em que (para situações estáticas); 
2.  o aonde ou para onde  (em situações dinâmicas, ou de movimento) e 
3.  o lugar donde ou de onde  (em situações de  procedência, origem). 

Como as línguas inglesa e espanhola têm sido estudadas pelos executivos para o desempenho de sua vida profissional, uma comparação bastante útil é esta:

                     Português                   Inglês                        Espanhol
                
                         onde                      where                             donde
                        aonde                     where to                       adonde
                        donde                     where from                  de donde

Para a substituição correta, o verbo deve ser o indicador desse lugar:

        Onde você mora? Morar é estático e pede o complemento com a preposição em = você mora em que lugar?    A empresa onde trabalhamos... = trabalhamos em algum lugar.
        Aonde você vai?  verbos de movimento pedem a preposição a:  Você vai a algum lugar.
       Donde  (ou de onde) você tirou essa ideia?  Tirar pede a preposição de = você tirou essa ideia de que lugar?

Tome muito cuidado no emprego deles, pois, em revisões de textos (TCCs, dissertações, teses, artigos) e na mídia (impressa e falada)  tenho encontrado uma porcentagem bem alta de erros nas construções em que aparecem esses pronomes.

Na pergunta que encabeça esta página, o correto - por haver um verbo estático -  é 
                      
                                          Você sabe onde  está o relatório?

Espero que agora você saiba donde veio a informação, onde está seu trabalho e aonde vai em suas exposições. 

Boa semana! 

________
* Alguns de meus ex-alunos de Graduação em Letras da USP costumavam usar esse vocábulo (provavelmente criado por eles mesmos) para aquelas expressões ou conjunto de palavras que lhes parecessem de uma língua intergaláctica.  Resumindo: 'Do que trata isso'?
** Para o pessoal de Letras: por isso esses pronomes sempre têm a função de adjunto adverbial de lugar.

Graduação em ADM: boas-vindas, pessoal!

Início de semestre letivo: que bom rever os alunos! Descansados,  com aspecto mais leve após as férias, um semestre a menos para a formatura! Sem estresse no pedaço!

No corredor da faculdade, jovens ingressantes formam um bloco sui generis: comportamento típico de "acabei de chegar e... o que me espera"?   Os veteranos separam-se grosso modo  em dois grupos: o dos que usam roupas de dois primeiros anos (2.º, 3.º e 4..º semestres) e o  dos que vestem roupas de estagiários. Estes últimos nem parecem aqueles que deixaram a faculdade no semestre letivo passado. Parece que se passou uma eternidade... Elegantes:  calça, camisa e sapatos sociais, gravata; as moças: saia no comprimento das saias das executivas, blusa ou camisa impecável, blazer,  maquiagem suave, cabelos ajeitados,... Todos embelezam e alegram nossas salas, nossos pátios, a recepção de nossa faculdade.  No restaurante, alguns grupos se separam dos demais da mesma classe,  segundo a afinidade de estágio, conhecimento anterior, ou interesse para formar novos grupos, ou por tipo de empreendedorismo, ou por haverem formado pares de namorados.  

Agora é o momento desses jovens, que ingressam por estágio nas empresas, entenderem o que tanto defendo: a melhor comunicação empresarial.  É o momento da constatação de que os melhores textos orais e escritos devem ser apresentados e valorizados por eles, tanto para clientes  internos quanto externos.  Nunca é tarde e isso faz a diferença. 

Neste linkhttp://vejasp.abril.com.br/materia/nova-geracao-ivan-angelo , terão a oportunidade de ler o motivo de tantas vezes eu haver repetido o discurso 127*.  A menos que seu estágio venha a ser desenvolvido em home office. 

Neste outro link:  http://www.novomilenio.inf.br/idioma/20010516.htm ,   reconhecerão muito do que vocês prepararam e apresentaram na Faculdade, em minhas disciplinas. E os avisos contidos naquelas páginas que lhes pedi que guardassem para serem continuamente consultadas nas organizações onde forem trabalhar.  E a advertência do que não devem dizer, claro. Sua responsabilidade é grande.  Os novos alunos, os "bichos" como costumam chamá-los, certamente irão procurar vocês e pedirem aconselhamento em diversas matérias. 

Nihil est novum sub solem!

Sejam bem-vindos, alunos queridos.  E, se precisarem, estou sempre à disposição para vocês serem os melhores em matéria de comunicação!

Um ótimo semestre letivo a todos! 


_______
* Para quem me conhece, costumo numerar aleatoriamente meus discursos,  Pura brincadeira, de tantas repetições ao longo da vida.  

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Num certo lugar do passado...

Contrações: num, numa x em um, em uma

A pressa em nosso cotidiano, para darmos conta de todos os afazeres aos quais somos chamados, leva-nos a abreviar vocábulos (pra, pros, prele fazer, setabon, tô ocupado,...) na língua oral. Na escrita profissional, entretanto, isso deve ser evitado. Por mais que a informalidade seja a justificativa.

Aprendemos, na escola fundamental, as contrações das preposições com artigos definidos (do da, nos, nas,...) e esquecemo-nos de que os indefinidos também se contraem com elas (num, numa, dum, duma...).  Por esse desconhecimento, poucos usam corretamente essas contrações e, quando alguém as emprega, os demais julgam que estão erradas.

Há uma diferença entre "em um" e "num", "em uma" e "numa", "de um" e "dum" e seus plurais.  Você empregará "em um" e suas flexões (feminino e plural) se quiser isolar o numeral (um), valorizar a quantidade (apenas um).

Observe:  Terminarei este trabalho em um dia. = em apenas um dia (24 horas). 

Se empregar "num", você estará  no campo da indefinição, da imprecisão,  equivalente a "algum".  Ex.: Num dia desses,  terminarei o trabalho que me pediu. = em qualquer dia, em algum dia, num dia qualquer. 

O mesmo se dá com os femininos: Em uma hora estarei pronta para sair. =  em 60 minutos estarei pronta.  Numa hora estarei pronta  para falar com ele, quando eu quiser e determinar. 

Para o caso da preposição "de" + "um, uma" também vale a informação: 

Observe: 

João deu-nos o prazo de um dia para terminarmos o relatório. (=24 horas)
Célia tomou o remédio dum só susto. Ela é mulher de uma só opinião.

Por isso o título traduzido do filme está corretíssimo:  Num certo lugar do passado. 

Por hoje, chega de saudosismo! De volta para o presente e para a semana que se inicia. 

Bom trabalho! 

Ortografia também tem história

Introdução justificadora 

Hoje vou tecer uma página saudosista.  A foto ao lado, capturada de uma mesa de reuniões por um colega professor, motivou-me o texto. A toalhinha (hoje, de papel) era feita de crochê (com "ch" porque é de origem francesa a palavra) e colocada sobre o pires, para receber a xícara de café elegante que servíamos às visitas, na época em que eu era criança. Vovó tecia as toalhinhas com muito  capricho, enquanto contava histórias para nós. Momentos mágicos pelos quais toda criança deveria passar. Quem não sente saudade dos avós?  Lembranças de doces de que gostávamos, passeios que queríamos fazer e nossos pais nem sempre tinham paciência para nos acompanhar? O bolo de aniversário, ou os docinhos preferidos... Às vezes uma roupa, ou um brinquedo pelos quais nos apaixonávamos e só ousávamos pedir à avó, ou ao avô, ou a ambos. 

No meu caso, as lembranças estão atreladas também a um livro de receitas da vovó, que ela caprichosamente desenhava para deixar para as netas desenvolverem quando crescessem.  Às vezes ditava as receitas para que eu escrevesse por ela. Como sou a primogênita (sinônimo de "a mais velha"), fui a privilegiada que herdou o livro.  

Nele, e com ele,  aprendi a escrever palavras com dupla grafia: chícara e xícara, assucar e açúcar, entre outras. A explicação era divertida: chícara, com ch, duas letrinhas, porque ela vem sempre acompanhada do pires; assucar, com dois "s", porque é bem doce. Você deve estar-se perguntando: Isso pode? Respondo: em se tratando de avós, tudo pode...

Explico:  Vovó nasceu em 1899 e foi alfabetizada antes do primeiro Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa no Brasil (AOLP 1927-1931). Antes desse acordo, não havia um estudo sistemático sobre a língua do Brasil.  Usava-se mais a grafia fonética e aparentemente lógica do que a etimológica: Brazil, socêgo.  Você pode ter a prova dessa grafia, em livros editados na época e nas páginas que o jornal O Estado de S. Paulo registra em "Há cem anos..."  Estremeço hoje,  quando alguém emprega um "z" num vocábulo (onde seria um "x" ou um "s"), com a justificativa de que soa como um "z". Socorro! Não é mais assim... 

À medida que os anos passaram, Vovó atualizou sua escrita e,  por isso, as receitas com "chícara"  ficaram registradas, mas as que vieram muito depois  ganharam a moderna "xícara". O mesmo se deu com outros vocábulos. Quase todos, porque em 1943 haveria mais surpresas. A atualização para ela veio aproximadamente na minha adolescência, nos "anos dourados".   

E por que mudou a grafia desses vocábulos?  

Essa é uma história que ficará para uma próxima vez.  Só peço - por enquanto - que  reflita sobre as palavras em que  você hesita na hora de escrever. Ou procure cartas, ou livros de receitas, ou poesias que seus avós (ou bisavós, ou trisavós, porque você certamente é muito jovem) escreveram.   

Um abraço, com o desejo de que você encontre muitos desses vocábulos escritos como eram "antigamente",  pelo valor da história que vão revelar. 

Continuaremos o assunto numa outra oportunidade, pois agora vou tomar uma chícara de café sem assucar, para matar a saudade

Até mais!

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Mais bem ou melhor?

Você responderá imediatamente: Melhor, claro! 

Pois bem: depende! A maioria de nós aprendemos (ou aprendeu), quando crianças, que "mais bem" não existe. Do mesmo modo, não existem: "mais mal", "mais bom", "mais mau", "mais pequeno", "mais grande". Não é verdade?

Existem, sim. Então, ensinaram-nos errado? Não necessariamente. Essa é uma das meias-verdades que nos ensinam. Tudo depende da construção.

Usaremos maior, menor, melhor, pior, como resultados de comparações: 
                           Paulo é nosso filho maior e Pedro, o menor.
                           Este é o melhor caminho a seguir.
                           Foi a pior coisa que ele poderia ter dito na reunião. 

Nesses casos, não cabem mais bem, mais mal, mais bom, mais ruim, mais pequeno, mais grande.  Esses serão corretamente empregados em duas situações:

  • quando aparecerem as oposições. Exs.: Júlio é mais pequeno que* grande para sua idade. Este caminho é menos bom do que* ruim. 

         Nota-se, nesse caso, que estamos considerando mais X que Y. Como ocorre em                  frases como: Ele é mais simpático que bonito. É menos rico do que pobre.

  • quando houver um particípio (resultado de ação, usado como verbo ou adjetivo). Isso ocorre porque pressupomos uma gradação:  Cristiane é educada; Marília é bem educada e Pâmela, a mais bem educada das três.  Uma vez supressa a cadeia da gradação, teremos:  Pâmela é a jovem mais bem educada que conheço.  Observe que nunca usaremos: (...) é a jovem melhor educada...
         Do mesmo modo empregaremos corretamente: Essa é a situação mais bem                        analisada até agora. O projeto para a economia de água foi o mais bem  
         apresentado na reunião.  Nunca se viu uma pessoa mais mal vestida numa  
         cerimônia desse nível. Pode-se dizer que a proposta dele foi a mais mal 
         estruturada.


Estranho?  Pode parecer no começo, pelo desconhecimento do correto e pelos correntes enganos em seu emprego.  Acostume-se a essas construções. Treine e ouse corretamente empregá-las. Lembre-se de que você pode fazer a diferença (para o bem) em  e para seu grupo. Muitos podem aprender com você. 

Faça a diferença e colabore para que outros possam usufruir do seu saber.  E conte comigo, quando precisar de explicações dessa natureza. 

Até a próxima!






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*  Nas comparações, você pode usar: que ou do que.

Entregou-se os documentos? ou Entregaram-se os documentos?

O pronome "se" e a concordância


Li, não poucas vezes, em relatórios administrativos e acadêmicos, frases como estas: 

Nunca se viu tantos erros sucessivos  no planejamento (...)
(...) observou-se, ao longo deste trabalho, as alterações no processo de coloração (...)
Entregou-se finalmente, após várias reuniões, os projetos para o desenvolvimento (...)

Esse engano gramatical, bastante comum em textos, deve-se à presença do pronome "se" ligado a um verbo transitivo direto, ou direto e indireto. Em outras palavras, a verbos que pedem complemento direto, ou direto e indireto: ver, observar, alugar, entregar, desenvolver,... bastante comuns na comunicação diária. E,  se você trabalha com a língua inglesa, corre risco dobrado. 

O que ocorre?  Em Português, esses tipos de verbos, associados ao "se", expressam voz passiva, cujo sujeito é sempre posposto a eles. Ex.: Vendem-se casas = casas são vendidas. Aprovaram-se os projetos = os projetos foram aprovados.

As frases acima, com as devidas correções, seriam: 
Nunca se viram tantos erros sucessivos  no planejamento (...)
(...) observaram-se, ao longo deste trabalho, as alterações no processo de coloração (...)
Entregaram-se finalmente, após várias reuniões, os projetos para o desenvolvimento (...)

Para não correr o risco desse tipo de engano (considerado grave), duas saídas são possíveis; 
  1. reveja todos os casos verbais  que apareçam acompanhados  do pronome "se" e verifique essa concordância; 
  2. substitua essa forma verbal (3.ª pessoa com o pronome "se"), pela primeira pessoa do plural: nós. Nunca erraremos e promoveremos um saber comum, convidaremos o leitor  a fazer parte de nossas reflexões, fortaleceremos as relações de team building: 

Nunca vimos tantos erros sucessivos  no planejamento (...)
(...) observamos, ao longo deste trabalho, as alterações no processo de coloração (...)
Entregamos finalmente, após várias reuniões, os projetos para o desenvolvimento (...)

Experimente mudar e obterá mais fluidez em sua comunicação.  Se não puder mudar, muito cuidado nas revisões e... 

bom trabalho!