segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Concordância – tão antiga quanto a existência do homem.

Todos estudamos, desde cedo, Sintaxe (a injustamente  “odiada”  sintaxe...) de  Concordância, mas poucas vezes pensamos sobre a relação que se estabelece nela e com ela. 

Quando somos crianças, nossos pais, irmãos mais velhos, tios ou avós (às vezes vizinhos, padrinhos, amigos da família) sempre que podem - e sabem -  corrigem-nos: um vocábulo feminino, um masculino, singular, plural...

Nossa língua, filha do Latim, apresenta essa riqueza de possibilidades, que muitas vezes é vista como anúncio de “língua difícil”!  Confesso que é trabalhosa, mas elegante, bonita, mal interpretada, mal ensinada, mal amada. Não diferente da multiplicidade de possibilidades do italiano, do francês, do espanhol, do provençal, do catalão, entre outras novilatinas.  No entanto, como aprendemos as segundas línguas pela gramática, essas parecem-nos às vezes mais lógicas ou mais fáceis.

Começo com a concordância, porque é época de festas e, nos desejos mais sinceros do nosso coração, a concordância faz parte deles.  Do latim cum (com)  + cordis (do coração), concordância  significa estar de acordo com, em concórdia, em harmonia, com a anuência de, com mútua adequação.

Partindo dessa acepção, a concordância seja verbal, seja nominal, será a harmonia entre palavras, a adequação entre elas.  Ex.: mesa nova, sapato novo; mesas novas, sapatos novos; a garota irá, os garotos irão.

Se pensarmos a respeito das construções das ideias (é o que estuda a sintaxe), será mais fácil assimilarmos a relação entre os vocábulos e acertarmos a concordância.

Num primeiro momento, vamos falar a respeito daquelas palavras que, sem a concordância correta, chegam a causar-nos arrepios.  Vejamos estas:
  • guaraná  - um guaraná ou uma guaraná?
  • meu óculos ou os meus óculos?
  • havia duas pessoas ou haviam duas pessoas?
  • fazer um telefonema ou uma telefonema?

Procure responder, buscando nas gramáticas e nos dicionários que você conhece (e consulta, suponho) as informações.  Procure, principalmente, o porquê de apenas uma delas estar correta  e a outra ser a indesejável no padrão culto da língua que você usa técnica e profissionalmente. Se houver dupla possibilidade, tente explicar por quê.

Na próxima edição, você poderá conferir a resposta.

Um abraço cordial  de felizes festas!


Prof.ª Íris Gardino 

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